Paris

Olhei em volta e vi logo onde estávamos quando reparei na torre eiffel. Sorri e agarrei-me a Sam.
-Amo esses teus dotes - ri-me e começámos à andar pelas ruas movimentadas de Paris.

Sorri:
- Dá sempre jeito. Num dia já fiz mais viagens do que um humano numa vida... - ri-me, dando-lhe um beijo.

-Vamos à torre vamos, vamos? - Perguntei empolgada e sorri. Olhei para cima e suspirei. - Não me apetece subir, é grande - resmunguei era muitas escadas para subir como uma pessoa humana, demasiado monótono.
Havia muita gente à nossa volta eu evitava ao máximo aquilo. Era quando ele mais aparecia.

- Sim. Pode ser... - olhei em volta. - Mas anda comigo... - murmurei.
Conduzi-nos calmamente até à parte de trás de um edíficio abandonado e imaginei-nos atrás de um dos pilares da torre, lá em cima, vendo que não estava lá ninguém, teletransportei-nos.
- O dinheiro apareceu no bolso do homem... Ele deve estar a pensar que é mágico! - ri-me.

-Sabes que não era preciso, não sabes? - Perguntei-lhe sorrindo-lhe - Hã? O quê? Não apanhei - ri-me olhando para o chão. Estávamos a uma altitude considerada muito mais que elevada, mas eu sentia-me bem.

- Não era preciso o quê?
Fiz uma careta:
- As entradas são pagas e era mau estarmos aqui e o homem não ganhar o seu dinheiro.

-Nós podíamos ter subido. Eu não me importava. - Esclareci.
-O meu chefinho pensa em tudo - ri-me.
Senti-me ser empurra, o meu estômago estava às voltas e eu só me conseguia sentir a cair.
Não é real, não é real, não é real pensei e fechei os olhos, voltando ao normal. Discretamente, olhei à nossa volta e não o via.

- Ah. Agora já está... - encolhi os ombros.
Sorri-lhe.
Momentos depois vi-a diferente e senti uma pontada. Ela estava mal.
- Eii... - murmurei, agarrando-a. - Que se passa?

Suspirei. Nunca lhe iria conseguir esconder nada, o que podia ser bom ou mau.
-Ele volta quando há muitas pessoas à minha volta - encolhi os ombros - estou bem, já estou habituada.

Olhei-a preocupado:
- Mas... como é que... ?! - a pergunta morreu-me na boca.
Nem sabia como dizer aquilo.

-Acaba a pergunta - pedi-lhe olhando para as pessoas minúsculas lá em baixo.
--.-.-.-.-

Cocei a cabeça embaraçado:
- Não sei bem como fazê-la. - admiti.
Aproximei-me das grades e olhei para baixo.

-Queres saber como é que ele é? - Perguntei olhando-o.
Senti uma brisa estranha e olhei para trás. Ainda fui a tempo de o ver, mas desapareceu.

- Sim. Mais ou menos. Se é uma sombra ou se aparece num corpo... - acabei por dizer.
Vi-a olhar para trás e olhei também, acabando por apenas sentir uma pequena brisa.

-É uma sombra, mas consigo distinguir - encolhi os ombros - é como se fosse uma pessoa normal, mas em forma de sombra e um bocado zombie. É difícil de explicar.

Mordi o lábio levemente.
- Então ele é mesmo horroroso!

-Já o era vivo. - Afirmei. Olhei-o e sorri para depois o beijar e tentar esquecer aquele momento com o fantasma que tinha criado.

Mordi-lhe o lábio, praguejando ao sentir o sabor do seu sangue na minha boca. Passei rapidamente a língua para não me descontrolar.
- Desculpa. - pedi contra os seus lábios, fechando os olhos por momentos.

-Podes continuar se quiseres - provoquei-o e voltei a juntar os nossos lábios. Conseguia sentir os seus músculos ficarem mais tensos.

- Não me tentes... - disse-lhe seriamente.
Senti-me relaxar aos poucos, retribuindo ao seu beijo calorosamente.

-Porquê? - Ri-me levando as minhas mãos à sua cara perfeitamente esculpida e sorri puxando o seu cabelo para trás.

- Porque sou capaz de te comer aqui no meio. - ironizei.
Agarrei-a pela cintura, sorrindo.

-Hmm - saiu-me da garganta - Mas isso era óptimo - sorri colocando-me em cima dos seus pés e dando-lhe um beijo enquanto me ria.

Ri-me:
- Estava a brincar. Queres ir para minha casa? - perguntei. - Posso chamar a Ash!