Cantinho do Sam [não entres sem a sua permissão. serás punido]

Fiz-lhe uma careta.
- Ontem tive que o acordar para lhe dar banho. Mas fica logo desperto! Acho que só dorme mesmo porque não sabe mais nada interessante para fazer... - ri-me.
Subimos até à casa de banho e deixei a água encher a ''banheira''; peguei no gel e champôo enviado pela minha mãe, colocando à beira de uma pequena toalha. Enquanto Cally começava a despir o pequeno e a dar-lhe banho, fui buscar um pijaminha confortável e uma fralda nova e limpa.

-Claro que não tem mais nada de interessante para fazer - ri-me - ainda nem andar sabe - sorri e sentei Thomas na "banheira" super improvisada. Ao sentir a água tocar-lhe o meu bebé riu-se e fez-me rir a mim também.

Observei-os:
- Vou começar a ter ciúmes. - disse com um beicinho. - É que ele a mim tenta molhar, a ti não.

Ri-me e peguei no shampô apertando a garrafinha e fazendo sair uma bolha mesmo no seu nariz.
-Eu sou a mãe, tu és o pai. É contigo que ele vai jogar futebol - ri-me - logo é normalíssimo!

Gargalhei ironicamente:
- Tu agora já nem vais querer saber de mim... - protestei, fingindo-me mesmo ciumento.

Olhei para ele fazendo um olhar de cachorrinho abandonado.
-Achas mesmo? - Perguntei enquanto me senti toda molhada suspirei e continuei a olhar para Sam tentando não me rir. - Eu amo os dois e os dois são meus. Não te ia deixar ir para aquela parca. É que nem morta. - resmunguei virando-me e voltando a lavar Thomas. Só de me lembrar da parca pervertida passava-me.

Gargalhei:
- Ela é casada, Cally. Aquilo é só uma simples brincadeirazinha ou fantasia que ela tem... - gozei.
Aproximei-me e debrucei-me para olhar Thomas, que estendeu a pequena mãozinha e tocou-me no nariz. Sorri e abri a boca, fazendo de conta que o ia morder. Ele retirou a mão, rindo. Aquela gargalhada tipica de bebé fez-me rir a mim também.

-Não quero saber, quanto mais casada pior são - revirei os olhos e ri-me com o que Sam e Thomas fizeram. Passei a mão uma última vez pelo seu cabelo e sorri-lhe - já está.

- Agora limpa-o e veste-o. - conclui, enquanto abria a toalha e rodeava Thomas com ela. - O queres que eu o faça?
Abri o pequeno colchão (pelo menos era o nome que eu dava àquilo) sobre o armário ao lado do lavatório e deitei lá o pequeno, continuando com ele enroladinho na toalha.

Peguei na roupa dele e fui para o lado deles.
-Faz-lhe uma massagem, por favor - pedi - sabes que não tenho jeito - disse num tom resmungão e sorri-lhes.

Olhei-a com uma sobrancelha erguida mas acabei por passar a mão na barriguinha do pequeno.
- Isto? - inquiri, olhando para Cally.
Thomas ria-se das cócegas que a minha mão lhe provocava, enquanto agarrava num dos meus dedos e o levantava até à boca.
- Isso é o dedo do pai. Só se faz isso na chupeta, Tom. - avisei, fazendo-lhe pequenas cóceguinhas.

Ri-me e abanei a cabeça.
-Não papá - disse colocando-me à frente dele e virando Thomas de barriga para baixo. Ele olhou para mim com aqueles olhos prateados de uma forma fofinha mas ao mesmo tempo confusa e só quando lhe passei as mãos pelo corpo é que ele se começou a rir. - assim.

- Coitada da criança. Ainda lhe parto os ossos! - resmunguei.
Coloquei a mão debaixo da cabeça de Thomas e o meu dedo foi novamente atacado por uma pequena boquinha.
- Tom... - resmunguei com um sorriso, debruçando-me para olhá-lo melhor; o olhar dele passou de Cally para mim. - Isso é o dedo do pai, ainda!

-Até parece que não sabes fazer massagens a bebés, se sabes fazer a mim, também sabes a bebés. - gargalhei ao vê-lo morder o dedo de Sam, mas depois levei a mão à cabeça - oh deuses que ele vai ser mesmo parecido a mim.

Gargalhei a ouvir Cally:
- Ainda duvidavas? Eu não!

-Eu tinha esperanças que não - ri-me - vamos ter que ter o quadruplo do cuidado - avisei-o - eu era e sou um perigo. - fiz cara de anjinho pestanejando algumas vezes e roubando-lhe um beijo. Voltei a virar Thomas que não achou muita piada e fez o beicinho mais fofo à face da terra. - é giro estar de barriga para baixo não é? - Ri-me passando os meus dedos pelos seus lábios.

Abanei a cabeça, rindo-me.
- Tal mãe, tal filho. - comentei.
Ouvi o pequeno rir-se e depois começar a sentar pele de galinha.
- É melhor vesti-lo... - disse a Cally enquanto fechava a janela um pouco aberta.
Aproximei-me deles novamente, dando um beijo na bochecha de Cally e outro na testa de Thomas.
- Vou arranjar o leite. Vai ter lá abaixo! - disse-lhe, preparando-me para sair da casa de banho.
Desci as escadas e entrei na divisão referida, pegando num biberão transparente com alguns bonecos azuis e brancos; peguei na lata do leite e pus a dose correta e recomendada e depois juntei água. Mexi um pouco, colocando-o no microondas durante dois simples e rápidos minutos.

Vesti-o e fiz uma careta ao qual me ri ele fez o mesmo.
-Ele tem razão, ambos sabemos que temos um beicinho espetacular - continuei a rir enquanto agarrava nele ao colo com o máximo dos cuidados. Enquanto andava devagar, ou seja, num passo de humano o meu bebé fitava-me curioso.
Cheguei à cozinha e parei ao ver Sam todo empenhado e fofinho... E sexy! Oh god, mal este meu filho adormecesse eu ia cuidar do pai.

Avistei Cally e apontei-lhe o biberão colocado em cima da mesa segundos antes; comecei a arranjar dois bifes e algumas batatas.
- Só para adoçar a boca... - comentei, fazendo uma careta.

Peguei no biberão e sorri com o que ele disse.
-Eu adoçava a boca com outra coisa - disse normalmente tentando demonstrar apenas uma pontada de segundas intenções. Sentei-me numa cadeira e começando a dar o leite a Thomas.

Entalei-me.
- Cally... - repreendi, escondendo um sorriso.

Thomas riu-se e eu virei-me para Sam fazendo um sorriso matreiro?
-Sim chefinho? Estava só a dizer que... arroz também é bom - ri-me tentando não fazer nenhuma careta enojada, arroz era a pior coisa que me podiam dar.

Olhei-a enquanto tirava as batatas da frigideira.
- Hmm... Nem digas duas vezes. Faço-te já um tacho!

-Nem penses! - Resmunguei vendo que Thomas em vez de estar a beber o leite estava a beber nada, pois o biberão estava vazio - ai rapaz, tu és uma máquina - disse baixinho enquanto lhe fazia festinhas na cabecinha.

Gargalhei.
- Logo vi.
Coloquei a comida na mesa e depois estendi os braços a Thomas, levando o pequeno rapazinho a sorrir e esticar as mãozinhas na minha direcção.
- Ele quer o pai! - fiz-lhe uma careta.