Sala de Estar

Mal entrei em casa fui para a sala; deitei-me no sofá, tirando as sandálias e liguei a TV.
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Peguei no telemóvel e decidi mandar uma mensagem a Damon...
Estava tão aborrecida!

Levantei-me e desliguei a televisão.
Calcei as sandálias novamente e saí da sala e do apartamento, fechando a porta e colocando as chaves na mala.

Estava a ver televisão à algumas horas.
Estava tão aborrecida!

Sentei-me confortavelmente, pousei o copo em cima e liguei a televisão.
Depois de acabar de comer acabei por adormecer no sofá.

Ao sentir que uma das minhas ''crias'' estava a falar de mim, teletransportei-me para a sua sala.
Sentei-me no sofá, encostando-me bem a ele, fazendo aparecer uma garrafa de sangue aquecido na minha mão e esperando que Chris e a outra rapariga - Cally, chegassem à minha beira.

Quando cheguei à sala arregalei os olhos. A avó dela tinha razão. Dei uma olhadela a Ash e sorri-lhe discretamente.

Olhei para Sam:
- Eu vi logo que ias aparecer. Não sabes estar quieto no teu caixão, velhote? - resmunguei, sorrindo e sentando-me à sua beira. - Óh, espera. Olá querido Chefe... - ironizei, rindo-me.

Revirei os olhos:
- Ash, o melhor é estares calada. - olhei para a outra vampira, - Faz de conta que sou um amigo de infância. - sorri.

-Olá - Ri-me. - Hmm - torci o nariz - não tive muitos amigos de infância. Mas vou tentar - sorri.

Encolhi os ombros:
- Então faz de conta que eu sou... hm... a Ash. Mas sou gajo. - ri-me.

Apontei o dedo para Sam:
- Ele agora está à espera que digas que ele é bom e mais bonito que eu... - olhei-o, - A minha avó diz que és um tipo muito bom. E não é só em sentido de personalidade! O que raio lhe fizeste?! - perguntei retoricamente.

-Vou fazer isso - sorri.
-Sou heterossexual Ashley - disse-lhe - por isso digo com toda a certeza que ele é mais bonito que tu. - Ri-me e sentei-me num sofá.

- Muito obrigado. - agradeci.
Olhei para Ash:
- Vai dar uma volta, pequenina. Tenho que falar com a Cally sobre o que ela te disse.
Vi-a assentir e desaparecer da minha vista, saindo da sala; depois ouvi a porta do apartamento bater.
- Tens de me explicar melhor... - disse, tomando uma posse séria enquanto fazia aparecer outra garrafa de sangue, agora nas mãos dela.

Respirei fundo e vi aparecer uma garrafa de sangue na minha mão. Ergui uma sobrancelha. Okay...
-Um rapaz apareceu aqui na ilha, pelo que percebi pensava que não havia vampiros por aqui - revirei os olhos. - e apesar de não sentir logo de início, ao longo do tempo que passei com ele comecei a ficar mais cansada. Ontem, estava mesmo a sentir-me mal, sentia dificuldade em respirar, a minha cabeça estava uma confusão, ele apareceu no meu apartamento e eu senti o odor dele estranho, todo misturado com outra fragrância que não podia ser um perfume normal. Não sei porquê, mas tenho praticamente certeza que o perfume tinha alguma coisa com prata... não sei se é possível mas... eu tenho quase a certeza que foi isso - disse bebericando um bocadinho do sangue.

Ouvi-a, tomando uma pose ainda mais séria.
- Isso é possível. Há uns anos tentaram enganar-me ao mostrar-me uma amostra desse perfume. Tentaram pô-lo em mim para ''fazer experiências'' - admiti, fazendo uma careta. - Mas não te preocupes. Quando é por cheiro, é uma questão de hábito. A menos que tenhas alguma relação com ele!

-Não, somos só amigos. - encolhi os ombros e respirei fundo. - uau - murmurei e olhei para Sam - para vampiro cheiras muito bem - ri-me

Engoli em seco rapidamente:
- E tu para vampira pareces ser deliciosa!

Estava a começar a despertar, ouvir vozes ao fundo... e uma grande dor nas costas. Dei conta que adormeci no sofá...
- Ohh olá peço desculpas por vos interromper.- e sai a espreguiçar-me em direcção ao meu quarto.

Sorri envergonhada. Acho que era a primeira vez que realmente me sentia assim depois de ser transformada. E era, já não me lembrava da sensação de sentir o sangue aflorar-me a face.

- Ahmm... - disse lentamente, sem saber ao certo o que dizer.
Olhei para o seu pescoço, mordendo o lábio com tanta força que o senti a sangrar.

Senti o seu odor ficar ainda mais activo e olhei-o com os olhos muito abertos. Senti as minhas presas descerem e o seu odor estava a passear por toda a sala enchendo os meus pensamentos.
Credo, aquele homem era melhor que um humano.

- Beija-me... - murmurei. - Um defeito sobre mim é: Não consigo sarar-me a mim próprio! - confidenciei.

Olhei para ele de rompante. Como assim? Não conseguia sarar-se a si próprio?
Engoli em seco. Oh bolas!
Aproximei-me dele devagar e tomei os seus lábios sentindo o sangue que tinha saído entrar na minha boca. O seu sabor ainda era melhor que o cheiro, o que eu pensei ser impossível. Aproximei-me ainda mais dele colocando as minhas mãos atrás da sua nuca.